
Se você parou para ler esse artigo, de duas uma. Ou você quer engravidar ou já está grávida. Então, nunca é tarde para estudar sobre o assunto gestação, parto e maternidade.
Se você acompanha meu blog sabe que eu sou a favor do parto humanizado e nascimento respeitoso. Deixo claro, eu cheguei à conclusão de que isso foi o melhor pra mim e pra minha família. Não foi porque eu tive, sua amiga teve, a vizinha teve, que você tem que ter.
Então, te proponho uma reflexão sobre o assunto.
Escolher ter filhos e a forma que virão ao mundo é uma escolha muito particular e que cabe bastante reflexão em conjunto (você e seu companheiro). Cada família sabe que opção se encaixa em sua realidade. Seja financeira, psicológica ou qualquer outra situação pode pesar e interferir nessa decisão. Então, deixarei aqui os fatores que me influenciaram na decisão pelo parto natural.
- O Respeito ao tempo do bebê nascer.
Muitos médicos de plano de saúde entre outros estabelecem um limite de 40 semanas para a gestação (A Dra. Melania Amorim explica sobre a gravidez prolongada ), eles tentam convencer a mãe de que o bebê com 38 semanas está pronto para nascer. Estudos comprovam que a retirada do bebê antes do tempo pode acarretar em diversos problemas como imaturidade pulmonar, problemas respiratórios dentre outros. Muitos médicos não respeitam a decisão de esperar.
- O processo do trabalho do parto aumenta o vínculo familiar (mãe-pai-bebê).
Esse ponto é bem subjetivo, por isso falo por mim, passar pelas contrações, ter a convicção de que o meu bebê estava se preparando para vir ao mundo, saber que teríamos que trabalhar juntos para que o resultado fosse satisfatório, foi algo inexplicável.
Para o parto fluir a família e o ambiente precisam estar em sintonia. É o perfeito trabalho em equipe. A força, a determinação, a segurança da mãe e a confiança, o suporte e apoio emocional do pai faz com que a chegada do bebê seja arrebatadora.
- A Escolha da posição de parir.
Só quem já passou pelas contrações sabe o quanto isso é importante. O corpo manda como devemos nos posicionar, tive dois partos e ambos foram completamente diferentes, tanto na dor que eu sentia como na posição que eu ficava mais confortável. Muitos médicos não permitem que a gestante se locomova, agache e fique de cócoras. Eles escolhem a posição que fica melhor para eles observarem a mulher, sendo que muitas vezes ele determina uma das piores posições para ficar durante as contrações, que é deitada em uma maca.
- Amamentar na primeira hora de vida.
Com o bebê nascendo eu já poderia amamenta-lo e caso não tivesse colostro eu não seria importunada ao ponto de dar complemento ao meu bebê. Sim, essas coisas acontecem constantemente em ambiente hospitalar, eles dizem a favor da amamentação, mas não espera a fisiologia do corpo da mãe corresponder.
- O local que eu estaria mais segura com relação as minhas escolhas.
Minha casa foi a escolha mais segura pra mim. Lá eu podia me movimentar como quisesse, ir ao banheiro, comer, deitar, fazer coisas que me relaxavam como ver TV, ouvir música, tomar banho. E depois de nascido o meu bebê, poderíamos dormir em nossa cama.
Em uma gestação saudável e com profissionais capacitados tecnicamente, a chance de algo dar errado é mínima. Assim como no hospital também podem existir problemas e situações que comprometam a sua vida e a de seu bebê.
Seguindo esses critérios, consegui com argumentos e evidências científicas convencer o meu marido pela opção do parto natural e em casa (me sentia mais segura!) e fui muito bem sucedida nessa opção.
Você deve estudar, pensar e refletir o que em seu contexto familiar é mais viável. Seja ter parto natural hospitalar, domiciliar ou cesariana o importante é respeitar o tempo do seu bebê. O maior desafio que você encontrará será na criação e a forma que você o ensinará o seu filho a enxergar o mundo e as pessoas. A via de parto não definirá o amor que você sentirá pelo seu bebê.